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FIIs x imóveis: descubra a melhor opção de investimento

Investir em FIIs permite entrada com valores baixos e diversificação de portfólio, ideal para pequenos investidores que desejam acessar o mercado imobiliário

Investir em imóveis sempre representou uma das alternativas mais habituais escolhidas por quem almeja estabilidade e rendimentos a longo prazo. Isso ocorre porque o setor imobiliário é visto como uma reserva de valor, com potencial de valorização contínua e geração de renda passiva por meio de aluguéis. 

No entanto, com o amadurecimento do mercado financeiro brasileiro, surgiram alternativas que tornam esse tipo de investimento mais acessível e prático.

Entre elas, destacam-se os fundos imobiliários (FIIs), que permitem exposição indireta ao mercado imobiliário, sem a necessidade de adquirir, gerir ou manter um imóvel físico. 

Trata-se de uma modalidade que alia a solidez do setor imobiliário à liquidez e à diversificação típicas do mercado financeiro, em que o investidor pode participar dos rendimentos provenientes da receita de aluguéis como shoppings, escritórios e galpões logísticos — com um valor de entrada significativamente menor.

Assim, ao investir em fundos imobiliários, é possível ter acesso a uma potencial fonte de renda mensal, além de diversificar a carteira com ativos imobiliários geridos por profissionais especializados.

Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.

Liquidez: facilidade para comprar e vender

As cotas desses fundos são negociadas diariamente na bolsa de valores, o que permite comprar ou vender de forma prática e ágil. Já no caso da compra direta de um imóvel, o processo de venda tende a ser longo e burocrático.

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Além disso, o valor elevado da transação dificulta encontrar compradores rapidamente, o que pode reduzir a flexibilidade do investimento.

Acessibilidade: investimento inicial mais baixo

Investir diretamente em imóvel costuma exigir uma quantia significativa de dinheiro, tendo em vista que é necessário arcar com custos como entrada, escritura, impostos, taxas cartoriais e eventuais reformas.

Muitos imóveis ainda são adquiridos por meio de financiamento, o que implica compromissos de longo prazo e incidência de juros. 

Em contrapartida, os fundos imobiliários oferecem a possibilidade de começar com valores muito menores — em muitos casos, é possível adquirir cotas por menos de R$100.

Isso torna o investimento imobiliário mais acessível a pequenos investidores, permitindo a participação no setor sem a necessidade de comprometer grandes quantias ou enfrentar burocracias típicas da compra direta de imóveis.

Gestão: administração profissional dos ativos

Ao adquirir um imóvel físico, o investidor arca com todas as obrigações que vêm junto: a necessidade de gerenciar inquilinos, de executar a devida manutenção e de efetuar o pagamento de encargos, somado à responsabilidade de resolver eventuais problemas com inquilinos ou questões legais.

Isso, por sua vez, demanda não só tempo, mas também disposição e conhecimento do mercado imobiliário. 

Nos fundos imobiliários, essas tarefas ficam sob responsabilidade de gestores especializados.

Os especialistas administram os imóveis do fundo, tomam decisões estratégicas, visando maximizar o retorno para os cotistas com base em análises de mercado, gestão ativa de portfólio e decisões de alocação estratégica, proporcionando mais tranquilidade ao cotista.

Riscos e retornos: volatilidade versus estabilidade

Os FIIs, por estarem inseridos no mercado de renda variável, sentem o impacto da volatilidade da bolsa. Isso significa que o preço das cotas pode oscilar de acordo com fatores como cenário econômico, decisões políticas, mudanças na taxa de juros e até mesmo expectativas do mercado. 

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No entanto, apesar das flutuações, os FIIs costumam oferecer maior previsibilidade de renda por meio da distribuição periódica de rendimentos, principalmente em fundos focados em imóveis físicos com contratos de locação de longo prazo.

Já os imóveis adquiridos tendem diretamente a apresentar menor volatilidade no preço, porém exigem mais tempo e recursos para gerar retorno. Eles também apresentam riscos próprios, como vacância, inadimplência e baixa liquidez em caso de necessidade de venda.

Tributação: diferenças nas regras fiscais

Nos FIIs, os rendimentos distribuídos aos cotistas — provenientes principalmente dos aluguéis dos imóveis que compõem o fundo — podem ser isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Isso desde que cumpridas determinadas condições legais, como o fundo ter no mínimo 50 cotistas e o investidor não possuir mais de 10% das cotas. 

No caso da aquisição direta de um imóvel, os aluguéis recebidos estão sujeitos à tributação de acordo com a tabela progressiva do Imposto de Renda, podendo chegar a 27,5%.

Além disso, tanto nos FIIs quanto na venda direta de imóveis, o ganho de capital obtido com a valorização do ativo é tributado — no caso dos FIIs, o ganho de capital na venda de cotas de FIIs é tributado à alíquota fixa de 20%, com retenção e recolhimento pelo próprio investidor via DARF, enquanto os rendimentos mensais podem ser isentos, se cumpridas certas condições legais. 

Como escolher entre os tipos de investimento no setor imobiliário?

A escolha mais adequada dependerá da tolerância ao risco, dos objetivos financeiros e da disponibilidade de tempo e recursos para gerenciar o investimento.

Os FIIs se destacam pela facilidade de entrada, liquidez e gestão profissional, indicados para quem busca praticidade, enquanto a compra direta pode atrair perfis que valorizam o controle total sobre o bem e preferem uma estratégia de longo prazo mais conservadora.

Logo, avaliar cada aspecto com atenção é o melhor caminho se o que se deseja é investir com segurança e estratégia.

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